quinta-feira, 8 de novembro de 2012

AULA DE FILOSOFIA Aristóteles Política e o Bem Comum O que o aluno poderá aprender com esta aula  Identificar a origem da política no sentido Aristotélico.  Entender a política como atividade virtuosa que visa o bem comum.  Perceber-se como sujeito político. Duração das atividades 5 a 6 aulas de 50 minutos Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno Condições históricas do surgimento da Filosofia na Grécia. Estratégias e recursos da aula Introdução O estudo da ética para o entendimento da política e da ação política é fundamental, tendo em vista que passamos por um processo de desinteresse por assuntos que não remetam a um retorno imediato. É urgente a disponibilização de referenciais teóricos em que prevaleça a ideia de “bem comum”. Também faz-se necessário condições que permitam associar a ação individual, a ação política e o bem comum. A percepção de que somos seres políticos passa pelo entendimento do que é política. Diante dessas e de outras situações como entendemos e percebemos as relações entre política, ética e bem comum? AULA 1 O professor pode apresentar algumas imagens aos alunos tipo: (família feliz,pessoas passeando,pessoas trabalhando,pessoas descansando, pessoas viajando) e perguntar: o que é felicidade? Para instigar os alunos o professor deverá propor as questões:  Há um tipo de vida que é melhor que os outros?  Qual é o melhor tipo de vida ?  Existe um modelo de felicidade?  É melhor ser feliz ou fazer o bem?  Fazer o bem e ser feliz são condições excludentes entre si? O professor ouvirá as intervenções dos alunos e na sequência explicará que perguntas como essas foram feitas em variadas épocas da história humana. Já na antiguidade havia pensadores escrevendo sobre isso, e consequentemente, há muitos modelos de respostas para perguntas como essas. Uma delas é a fornecida pelo filósofo Aristóteles, autor que será estudado nas próximas aulas. Atividade 1 - Investigando Aristóteles Os alunos realizarão uma pesquisa sobre Aristóteles, utilizando livros da biblioteca. O professor deverá orientar que cada grupo pesquise um aspecto da vida e da obra desse filósofo. Sugestão de tópicos de pesquisa: Vida,Religião e Arte, Frases de Aristóteles, Ciência,Linha do Tempo,Moral,Obra e Teologia. O professor conduzirá os alunos à biblioteca a fim de que a pesquisa seja realizada nesse espaço. Os resultados deverão ser expostos através de cartazes na sala de aula. O apelo visual deverá ser estimulado, inclusive para promover a interdisciplinaridade com as técnicas de artes. Para os alunos menos habilidosos artisticamente, os próprios colegas poderão optar por uma divisão de tarefas interna ao grupo a fim de promover o trabalho colaborativo e priorizar o coletivo. Obs.: O professor deverá verificar o acervo da biblioteca e confirmar que há nela, pelo menos, um livro sobre Aristóteles para cada grupo e promover o rodízio dessas obras entre os grupos. Os resultados da pesquisa deverão ser apresentados para toda turma em forma de cartazes que deverão conter informações breves sobre o autor. Os alunos deverão incluir, também nesse cartaz, uma ilustração desenhada por eles envolvendo elementos de sua pesquisa. AULA 2 Atividade 1 – Entendendo Aristóteles Na sequência o professor explicará que, segundo o filósofo grego, todos os homens buscam a felicidade e, para atingi-la, é preciso ajustar as disposições naturais à razão. É a partir desse raciocínio que chega-se a máxima de que a virtude está no meio. Para conduzir a discussão o professor deverá dispor de um texto sobre a ética aristotélica.Sugestão texto abaixo. Distribuir aos alunos o texto A concepção de felicidade na Ética aristotélica. Disponível em: http://www.brasilescola.com/filosofia/a-concepcao-felicidade-na-Etica-aristotelica.htm. Acesso em Nov. 2012 Organizando a leitura... 1. Distribuir o texto entre os alunos, solicitando que o mesmo seja lido individualmente e de uma só vez. 2. Após esta primeira leitura, os alunos são convidados para uma segunda leitura, devendo anotar as partes não compreendidas, bem como aquelas compreendidas e consideradas significativas ou fundamentais do texto. 3. Após esta segunda leitura, se inicia um trabalho de esclarecimento sobre as questões não compreendidas. Os alunos expõem suas dúvidas e a turma procurará esclarecer, sendo que, quando a mesma não conseguir, o professor o fará. 4. Finalmente o professor fará uma apreciação do trabalho desenvolvido, completando-o, se necessário, e passará as questões abaixo para que os alunos respondam em seus cadernos. 5. Roteiro de discussão:  Como se pode entender, segundo Aristóteles, a felicidade como um conceito ético?  Em que sentido o "meio termo" se caracteriza como um critério da conduta ética?  Como Aristóteles caracteriza o discernimento como uma faculdade que torna possível a ação ou conduta ética? A partir da leitura do texto e da aula expositiva os alunos deverão montar um quadro em seus cadernos com pontos intermediários entre os dois extremos e a virtude. O professor reforçará que, para Aristóteles, por exemplo, a autoindulgência e a autoconfiança exageradas prejudicam o caráter. No entanto, inibir esses sentimentos também é prejudicial, nesse sentido é preciso determinar um meio termo entre dois extremos, os quais, por sua vez, constituem vícios ou defeitos de caráter. EXTREMO - JUSTA MEDIDA EXTREMO + Avareza Liberdade Esbanjamento Essa atividade reforça o entendimento da concepção de Aristóteles e prepara o aluno para a próxima atividade. O professor ouvirá dos alunos suas produções (quadros) e reforçará os argumentos de Aristóteles procurando associá-los ao cotidiano para que o aluno compreenda a justa medida aristotélica. AULA 3 Atividade 1 – Interpretando Aristóteles Na sequência o professor irá relacionar as concepções sobre a ética aristotélica, vistas até aqui, com a política. Segundo o filósofo, governar é permitir aos cidadãos viverem a vida plena e feliz eticamente alcançada. O Estado deve tornar possível o desenvolvimento e a felicidade do indivíduo. Se a ética diz respeito a felicidade individual do homem, a política se preocupa com a felicidade coletiva da pólis. Desse modo, é tarefa da política investigar e descobrir quais são as formas de governo e as instituições capazes de assegurar a felicidade coletiva. Sugerimos a leitura do texto: O animal Político - "Para Aristóteles, o homem é um animal político. Entenda por que esta máxima do filósofo de Estagira é uma das bases da Filosofia Política" Disponível em: http://filosofia.uol.com.br/filosofia/ideologia-sabedoria/23/artigo178984-1.asp. Acesso em Nov 2012. Organizando a leitura... 1. Organizar os alunos em grupos de 3 a 4 membros. 2. Distribuir o texto entre os grupos, solicitando que o mesmo seja lido. 3. Durante esta leitura os alunos deverão anotar as dúvidas numa folha de papel. 4. Após a leitura, se inicia um trabalho de esclarecimento sobre as questões não compreendidas. Os alunos deverão trocar as observações com os outros grupos a fim de que todas as observações passem por todos os grupos. 5. Quando receberem as observações, os grupos deverão procurar esclarecer, no mesmo papel, as dúvidas que ainda não foram respondidas por nenhum outro grupo. 6. Finalmente o professor recolherá as anotações e, coletivamente, comentará sobre o trabalho desenvolvido, completando-o, se necessário 7. Depois dessa etapa os alunos serão orientados sobre a construção de um esquema do texto no caderno. Passo a passo:  Identificar o tema;  Identificar as ideias principais e secundárias;  Ordenar a informação de uma forma lógica;  Condensar as ideias em frases curtas;  Usar setas para estabelecer relações entre os conceitos, (considerando que a seta ------> significa causa/efeito e a seta <-------> quer dizer interrelação).  Não necessita, obrigatoriamente, de seguir a ordem do texto;  Evitar: - Colocar pormenores desnecessários; - Expandir ideias; - Colocar frases longas; Depois de feito o esquema os alunos deverão explicar e exemplificar no caderno uma das frases aristotélicas a seguir: “O todo existe necessariamente antes da parte.” “O homem é um animal político.” Obs.: O professor poderá entregar as frases fotocopiadas em tiras de papel, ou passá-las no quadro de giz. Depois de feita a atividade o professor solicitará que os alunos exponham suas produções aos colegas e fará intervenções para conduzir a aula no sentindo de explicar que o Estado é superior ao indivíduo e, por consequência, o bem comum superior ao bem particular, demonstrando que, segundo esse autor, unicamente no Estado efetua-se a satisfação de todas as necessidades, pois o homem, sendo naturalmente animal social, político, não pode realizar a sua perfeição sem a sociedade do estado. Também deverá refletir sobre o fato de que o homem busca a pólis para viver a plenitude de suas potencialidades enquanto espécie, por isso a afirmação de que é um animal social. É importante destacar os exemplos dos estudantes, trazendo-os para a atualidade, de forma que contextualizem esta questão e percebam a importância deste tema para a constituição do cidadão. AULA 4 Atividade 1 – Contextualizando Aristóteles Passar a animação , http://teca.cecierj.edu.br/popUpVisualizar.php?id=45832 que apresenta um aspecto da teoria política do filósofo grego que consiste na concepção de que o Estado deve diferenciar os cidadãos de acordo com os seus níveis sociais. Outra animação interessante passar aos alunos é http://teca.cecierj.edu.br/popUpVisualizar.php?id=45831 Roteiro de discussão para a animação:  É possível pensarmos numa aplicação da teoria aristotélica de política e de estado nos dias de hoje?  Os regimes políticos caracterizam-se pela solução que oferecem às relações entre a parte e o todo na comunidade. Podemos perceber isso nas ações políticas da atualidade? Depois dessa animação o professor deverá propor uma mesa redonda onde os alunos conversarão sobre algumas questões que seguem:  Você concorda com o que foi apresentado na animação?  Que elementos te chamaram a atenção?  É possível relacionar essa animação com a concepção de virtude em Aristóteles? Atividade 2 – Entendendo a ação política Depois de compreendida, segundo Aristóteles, a relevância do Estado e da política para a vida dos indivíduos, os alunos deverão associar a afirmação aristotélica de que o homem é um animal político com o poema de Brecht O Analfabeto Político. O Analfabeto Político Berthold Brecht O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo. Sugerimos o seguinte roteiro para discussão.  Aqueles que dizem ter horror à política negam, segundo Aristóteles, sua plenitude enquanto seres racionais. Como Brecht percebe essas pessoas?  Partindo dos argumentos de Aristóteles é possível ter horror a política?  Você se identifica com algum desses pensadores?  Você conhece pessoas que tem as mesmas posturas criticadas por Brecht?  Você considera a ação política na atualidade mais próxima àquela descrita por Brecht ou por Aristóteles?  O que Aristóteles chama de ação política pode ser associado ao termo cidadania? Esse poema com sua crítica àqueles que dizem ter orgulho de se alienar de conversas sobre política, afirmando que essa mesma gente é quem origina o mal social, conduz a percepção que política se discute sim. Deixar a política de lado, além de ser uma negação à democracia e, segundo Aristóteles, a negação da plenitude enquanto seres racionais permite que os tais 'vigaristas' ajam livremente sem a oposição/participação/fiscalização do povo. Depois de feitas essas reflexões é hora de compartilhá-las. No laboratório de informática os alunos organizados em grupos de 3 ou 4 membros produzirão um folder sobre o conteúdo trabalhado nas aulas. Para a produção desse material sugiro que, ainda em sala de aula, os grupos definam quais elementos constituirão o folder (esquema, quadro, informações sobre Aristóteles, reflexões próprias, frases do autor, imagens - serão pesquisadas na internet). Depois dessa etapa, os grupos deverão definir a layout (estrutura) do folder, ou seja, como se dará a disposição das informações no material. Assim que concluírem seus rascunhos os alunos serão conduzidos ao laboratório de informática e, utilizando o software livre Scribus, passarão a produzir seu próprio material informativo. Para a pesquisa de imagens sugerimos a utilização do Google Imagens. O professor poderá indicar combinações de palavras para a busca. Sitematizando... Em sala de Aula... - Definir quais elementos farão parte do folder. - Definir a disposição desses elementos no folder. No laboratório de Informática... - Pesquisa de imagens relacionadas ao tema. - Confecção do material informativo. Esse material poderá ser impresso e distribuído aos demais alunos da escola. Se não for possível fazer um grande número de cópias, sugerio colocá-los em locais estratégicos como biblioteca e sala do Grêmio Estudantil. Concluindo Para Aristóteles a ética está no campo da deliberação e deliberar bem é saber decidir, a virtude representa o “meio termo”, a justa medida de equilíbrio entre o excesso e a falta de um atributo qualquer. Essa mesma medida se tem quando falamos em política, pois a ética está centrada na ação voluntária e moral do indivíduo enquanto tal, e apolítica, nas vinculações deste com a comunidade. O homem é um animal político, inclinado a fazer parte de uma pólis, a “cidade” enquanto sociedade política. Brecht faz uma contundente crítica a todos aqueles que se isentam da participação política, procurando demonstrar as consequências coletivas das decisões individuais. Recursos Complementares Trecho de filme Trecho do filme Alexandre que retrata o filósofo Aristóteles ensinando ao futuro imperador Alexandre que os gregos são superiores aos persas por controlarem seus sentidos. FONTE: ALEXANDRE. Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=DRLeIfuMkDo. Acesso em Nov 2012. Sites de pesquisa WIKIPEDIA. Aristóteles. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles Acesso em: Nov 2012 VIDAS LUSOFONAS. Aristóteles. Disponível em: http://www.vidaslusofonas.pt/aristoteles.htm Acesso em: Abr 2012 A CIÊNCIA GREGA. Disponível em www.cfh.ufsc.br/%7Ewfil/cienciagrega.htm. Acesso em: Nov 2012 OUSIA. Vocabulário Aristotélico. Disponível em: http://www.pec.ufrj.br/ousia/. Acesso em: Nov 2012• Vídeos Aristóteles - Breve Vida e Obra Vida e obra de Aristóteles, filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande, considerado um dos maiores pensadores de todos os tempos e criador do pensamento lógico. FONTE: YOUTUBE. Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=CwKeyqNLA3s&feature=related. Acesso em Nov 2012 Avaliação A avaliação poderá se dar a partir de alguns critérios previamente estabelecidos pelo professor no intuito de verificar se o aluno participou de todos os momentos da sequência de atividades e se demonstrou ter compreendido a política no sentido Aristotélico. Também é possível verificar a capacidade de estabelecer relações a partir de elementos previamente colocados. Analisar se o estudante, durante as atividades desenvolvidas conseguiu:  Compreender a relação entre ética e felicidade  Perceber essas relações no dia a dia  Perceber como essa ideia de felicidade se dá na coletividade  Entender que o Estado age afim de garantir a felicidade coletiva  Compreender a responsabilidade individual de cada um no que se refere a ação política Referências ARISTÓTELES. Política. Trad. Mário da Gama Kury. 3 ed. Brasília: UnB, 1997. _____. Ética a Nicômaco. Trad. Leonel Vallandro e Gerd Bornheim da versão inglesa de W. D. Ross. São Paulo: Nova Cultural, 1996. (Coleção Os Pensadores). MARCONDES, Danilo. Textos básicos de ética: De Platão à Foucault. 3 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. RODRIGUES, Claudio E. Ética Aristotélica: Finalidade, Perfeição e Comunidade. Polymatheia – Revista de Filosofia. Fortaleza, V, No 7, 2009, P. 51-67. Disponível em: http://www.uece.br/polymatheia PHILIPPE, Marrie-Dominique. Introdução à Filosofia de Aristóteles. São Paulo: Paulus, 2002.

domingo, 4 de novembro de 2012

Aula: Liberdade e Determinismo O que o aluno poderá aprender com esta aula Compreender o conceito de liberdade segundo a corrente determinista fazendo um contraponto com a liberdade incondicional. Duração das atividades 2 a 3 aulas Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno Noções básicas de filosofia Estratégias e recursos da aula 1 PRÁTICA SOCIAL INICIAL DO CONTEÚDO Iniciar as atividades dialogando com os estudantes, no sentido de registrar o que os alunos pensam sobre a liberdade. Neste primeiro momento é importante que o Professor estimule a turma a participar e que registre as concepções dos alunos sobre o tema proposto. A seguir, Professor, anote quais as curiosidades que os estudantes possuem sobre o tema e o que gostariam de discutir? Converse com os jovens: Somos originalmente livres? Durante a vida, nós, a nossa família, a comunidade em que vivemos constrói um conceito de liberdade, de acordo com os valores vigentes, ou seja, para manutenção de um status, o que nos remete ao seguinte questionamento: O que é a Liberdade? Segundo Aristóteles: "é livre aquele que tem em si mesmo o princípio para agir ou não agir, isto é, aquele que é causa interna de sua ação ou da decisão de não agir". Para Sartre "a liberdade é a escolha incondicional que o próprio homem faz de seu ser e de seu mundo. Afirma que estamos condenados à liberdade". Um provérbio popular, com base na Revolução Francesa e na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão diz: "A minha liberdade termina onde começa a do outro." Diante destas questões vamos pensar um pouco mais... Solicite que os estudantes escrevam em seu caderno suas ideias acerca destas afirmações. Passe no quadro mais um pensamento: "Duvidar de tudo ou crer em tudo. São duas soluções igualmente cômodas, que nos dispensam, ambas, de refletir." (Henri Poincare) PROBLEMATIZAÇÃO: Diante das questões levantadas pela turma, irão surgir várias concepções, mas nesta aula vamos nos concentrar no determinismo. É importante que neste momento, o professor faça um desafio, ou seja, é a criação de uma necessidade para que o educando, através de sua ação, busque o conhecimento e estabeleça uma relação com os que já possui. Sugestões de questões que podem ser colocadas no quadro de giz para incentivar a turma sobre o tema: • Dimensão filosófica: O que é liberdade? Existem várias maneiras de pensar a liberdade? Somos determinados a agir ou não? • Dimensão histórica: Todas as pessoas são livres? O homem nem sempre foi livre, mas porque? • Dimensão social: A minha liberdade interfere na vida dos outros. Posso me sentir livre sabendo que existem pessoas que não o são? Diante do exposto, o que pensa o estudante: Possui liberdade incondicional ou determinada? A sua liberdade é permanente ou foi consquista aos poucos? Você é livre? Quem é livre? eve os estudantes no laboratório de informática para conhecer um pouco mais sobre o determinismo neste exercício sensacional, disponível no UNIFRA em: http://sites.unifra.br/Portals/17/Filosofia/LiberdadeDeterminismo/Liberdade_Determinismo.swfL

sábado, 2 de julho de 2011

Cursos à Distância

Editais
Processos Seletivos em andamento:
EDITAL N° 06/2011 - SEaD/UFSCar - CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS



A Secretaria Geral de Educação a Distância (SEaD) estará com as inscrições abertas de 07/07/2001 até 11/07/2011, para o Processo Seletivo do curso de Especialização em Educação para as Relações Etnicorraciais.
O edital conta com as instruções para a realização de inscrição.

http://www.sead.ufscar.br/menu/editais

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O MENDIGO, O PROFESSOR E A MATEMÁTICA DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

O MENDIGO, O PROFESSOR E A MATEMÁTICA DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
19 janeiro 2011 por professortemporario

A Educação está em moda. Nos noticiários, nas novelas e até no bar é muito comum ouvir a reprodução do raciocínio de que o país vive um excelente momento, mas que a continuidade disso dependerá de uma “educação de qualidade”.

No senso comum, da população que coloca seus filhos na rede pública e se encanta com o material escolar e uniforme distribuídos pelo governo, essa qualidade de ensino depende da “boa vontade” dos professores. (Aliás, o grosso da população não simpatiza muito com os professores…)

Argumentando dentro desse raciocínio, se a qualidade de ensino depende da “boa vontade” dos professores, o que se pode fazer para que essa “boa vontade” apareça? Alguns, mais exaltados e desconfiados, diriam que é preciso fazer uma completa reformulação dos quadros docentes, pois os professores que hoje lecionam estariam em fim de carreira, numa postura acomodada e viciada na reclamação. Outros, mais estudados (vários pedagogos de plantão), diriam que esses professores tornaram-se insensíveis e inacessíveis aos seus alunos, não realizando o esforço necessário para compreendê-los e motivá-los.

Talvez, o que nenhum desses diria é uma coisa que pode ser constatada pela estatística: faltam professores e faltam ainda mais pessoas interessadas em ser professores.

O fato dos cursos de licenciatura apresentarem cada vez muitas matrículas talvez sugira uma realidade diferente. Por serem os mais acessíveis à população em geral, por uma questão de custo, tempo, disponibilidade noturna e até uma relativa facilidade de colocação profissional (se faltam professores não é tão difícil para um professor conseguir um emprego…), esses cursos de licenciatura realmente apresentam um considerável número de matrículas, mas essa quantidade de matrículas não significa que todos os matriculados se tornam professores, já que uma parcela considerável desses (cerca de 30%, em média) acaba abandonando o curso antes da formatura. Dos que se formam, outra parcela razoável (também cerca de 30%) acaba trabalhando em áreas diversas da educação.

Então, por esse raciocínio, apenas 40% dos estudantes de cursos de licenciatura se tornam professores. Se todos que se matriculassem nesse cursos se tornassem professores, ainda sim haveria um descompasso entre oferta e demanda.

Seguindo o raciocínio do “mercado”, se a demanda por professores é maior que a oferta de pessoas para realizar essa função, naturalmente, o valor do salário seria ajustado para cima, para equilibrar a balança.

Como o mercado vive de perspectivas futuras, não se pode desconsideram que entre os professores que lecionam hoje, que já são um número insuficiente diante da demanda, existe uma parcela considerável (também cerca de 30%) de professores que deixarão a educação nos próximos cinco anos, seja por aposentadoria, seja por ter encontrado algo melhor.

Novamente, num raciocínio de mercado, a pressão dessa perspectiva faria com que o valor dos salários dos professores subisse, para equilibrar a equação e estimular a entrada de novos professores.

Mas, estamos analisando essa matemática sem considerar os “professores” do Palácio dos Bandeirantes.

Analisando friamente o que foi dito e prometido na campanha de 2010, fica claro que o objetivo do Governo do Estado de São Paulo é o esvaziamento da Rede Pública Estadual.

Na proposta de governo do grupo que comanda o Estado há quase 20 anos e que foi eleito no primeiro turno, o foco é o Ensino Técnico.

O raciocínio é simples: Aparentemente, se a Rede Pública Estadual funciona hoje com cerca de 230 mil professores, dos quais 40% são temporários (cerca de 90 mil), não teria sentido realizar um concurso público para professores efetivos, visando o preenchimento dos cargos vagos, para apenas 10 mil vagas. No entanto, se considerarmos que menos de 10 mil foram chamados e que o Estado tem insistido na municipalização do Ensino Fundamental, pela matemática do Palácio dos Bandeirantes, as escolas estão fechando salas de aula, concentrando alunos nessas salas (as vezes mais de 50 por sala) e fechando cargos de professores. Ao mesmo tempo, o Estado está ampliando a Rede de Escolas Técnicas (ETECs e Paula Souza), sem aproveitar o conhecimento dos professores que estão hoje na Rede Pública Estadual.

Por que?

Retórica à parte, o Governo do Estado possui quadros administrativos inteligentes e esse mesmo governo já percebeu a besteira que fez. Não há como, nos dias de hoje, revogar a famigerada Progressão Continuada, simplesmente porque o sistema não suportaria. (Numa estimativa otimista, sem a Progressão a reprovação dos alunos superaria os 40% e não haveria como acomodar essa gente…)

Então, se não há como revogar e progressão e já se percebeu seu efeito, a alternativa do Governo do Estado é simplesmente criar uma outra rede, em novos moldes.

As redes de Ensino Técnico do Estado de São Paulo, por exigência legal, selecionam seus professores por concurso público. No entanto, o concursos público dessas redes é descentralizado e o processo seletivo consiste em uma entrevista e uma aula dada para uma banca examinadora. Além disso, o contrato desses professores é mais flexível, pela CLT, o que facilita a dispensa do professor nos casos de necessidade orçamentária (ou política) e, principalmente, não pesa sobre o sistema previdenciário do Estado (CLT=INSS).

Ainda, contrariando o idealismo pedagógico que reinou no Estado de São Paulo, para estudar na Rede de Ensino Técnico o estudante precisa passar em um processo seletivo.

Nesse sentido, ao que tudo indica, nos próximos cinco anos a Rede Pública Estadual será esvaziada, com a municipalização do Ensino Fundamental e a expansão do Ensino Técnico, tornando-se um verdadeiro “Instituto de Assistência Social e Lazer” para aqueles estudantes que não conseguem ou não querem passar nos vestibulinhos das Escolas Técnicas.

Mas, como fica a questão da demanda por professores? Se faltam tantos professores e a natureza da profissão já não atrai, a atitude mais lógica do governo seria a valorizar o salário dos professores em uma proporção maior que o salário pago aos demais profissionais de nível superior, para estimular a entrada de pessoas qualificadas na educação.

Provavelmente, isso até será feito com a Rede de Ensino Técnico a ser ampliada, mas por enquanto, vale a matemática do mendigo.

Esse texto foi publicado no blog como comentário do usuário “NE” ao artigo Regras da Atribuição de aulas 2011, no dia 19/01/2011, às 17:10

Matemática do Mendigo...

MATEMÁTICA DE MENDIGO

Tenho que dar os parabéns ao estagiário que elaborou essa pesquisa, pois o resultado que ele conseguiu obter é a mais pura realidade.

Preste atenção….

Um sinal de trânsito muda de estado em média a cada 30 segundos (trinta segundos no vermelho e trinta no verde). Então, a cada minuto um mendigo tem 30 segundos para faturar em media pelo menos R$ 0,20, o que numa hora dará: 60 x 0,20 = R$12,00.

Se ele trabalhar 8 horas por dia, 25 dias por mês, num mês terá faturado: 25 x 8 x 12 = R$ 2.400,00.
Será que isso é uma conta maluca?
Bom, 12 reais por hora é uma conta bastante razoável para quem está no sinal, uma vez que, quem doa nunca dá somente 20 centavos e sim 30, 50 e às vezes até 1,00.
Mas, tudo bem, se ele faturar a metade: R$ 6,00 por hora terá R$1.200,00 no final do mês.. Ainda assim, quando ele consegue uma moeda de R$1,00 (o que não é raro), ele pode descansar tranqüilo debaixo de uma árvore por mais 9 viradas do sinal de trânsito, sem nenhum chefe pra ‘encher o saco’ por causa disto.
Mas considerando que é apenas teoria, vamos ao mundo real.
De posse destes dados fui entrevistar uma mulher que pede esmolas, e que sempre vejo trocar seus rendimentos na padaria. Então lhe perguntei quanto ela faturava por dia. Imagine o que ela respondeu?
É isso mesmo, de 45 a 55 reais em média o que dá (25 dias por mês) x 45 = 1.125 ou 25 x 55 = 1375, então na média R$ 1.100,00 e ela disse que não mendiga 8 horas por dia.
Moral da História :
É melhor ser mendigo do que estagiário (e muito menos PROFESSOR), e pelo visto, ser estagiário e professor, é pior que ser Mendigo…
Se esforce como mendigo e ganhe mais do que um estagiário ou um professor.
Estude a vida toda e peça esmolas; é mais fácil e melhor que arrumar emprego.
E lembre-se :
Mendigo não paga 1/3 do que ganha pra sustentar um bando de ladrão.
Viva a Matemática.
Que país é esse?

Por fim, diante dessas reflexões e da postura apresentada pelo Governo do Estado, estamos diante de um eminente Apagão da Educação. Nesse apagão, os professores temporários que não estiverem preparados para serem aprovados nos concursos públicos estaduais e municipais, ou que não se prepararem para assumir outra profissão, poderão ser descartados à semelhança dos mendigos.

Material Escolar...

Escolas de SP pagam mais caro por material escolar e produtos de limpeza
Cíntia Acayaba

12 de janeiro de 2011 às 10:23h



A Secretaria da Educação faz compras de material escolar e de limpeza de empresas como a Kalunga, Gimba e Reval, que chegam a custar até cinco vezes mais do que o preço negociado em bolsa eletrônica do Estado. Por Cíntia Acayaba

A Secretaria da Educação faz compras de material escolar e de limpeza de empresas como a Kalunga, Gimba e Reval, que chegam a custar até cinco vezes mais do que o preço negociado em bolsa eletrônica do Estado; em alguns casos os preços são mais altos do que para o consumidor comum

Para que comprar um saco de lixo por R$ 27,42 se é possível comprar o produto por R$ 100,25? A lógica, rechaçada por qualquer critério do orçamento familiar para as compras mensais, parece não funcionar para o governo de São Paulo. Desde outubro do ano passado, a Secretaria da Educação usa dinheiro público para comprar materiais escolares e de limpeza em larga escala para todas as escolas estaduais por valores maiores que o de mercado.

O governo paulista criou um sistema online com o propósito de reduzir custos nas compras de materiais escolares e de limpeza pelas escolas estaduais, mas os preços dos produtos estão bem maiores do que os comprados por outras secretarias do próprio governo. Há itens que chegam a custar até cinco vezes mais do que o valor indicado pela BEC (Bolsa Eletrônica de Compras), que regula os preços das compras dos órgãos do governo estadual.

A rede de suprimentos, como foi nomeado o sistema online de compras acessado pelas direções das instituições de ensino, começou a ser instituída em abril de 2009 pelo então secretário da educação, Paulo Renato, no governo José Serra. Desde outubro de 2010, a rede gerida pela FDE (Fundação do Desenvolvimento da Educação) está presente em todas as escolas estaduais. Por meio de login e senha, os diretores acessam as listas de compras das papelarias como a Kalunga, Gimba e Reval que venceram licitação para vender materiais para a capital paulista, grande São Paulo e interior do Estado.

Um saco de lixo com 100 unidades de 200 litros, por exemplo, custa em média R$ 27,42 na BEC entre junho de 2010 e janeiro de 2011, já a única opção do mesmo produto apresentada no site da Reval destinado a diretores de escolas custa R$ 99,06 e na Kalunga, R$ 100,25, ou seja, quase quatro vezes mais altos do que o valor da bolsa. Os preços da BEC e das empresas já incluem o frete de entrega.

Os preços da Kalunga foram coletados em lista de diretor de escola do dia 15 de dezembro, à qual a Carta Capital teve acesso; os preços da Reval estão no Diário Oficial do dia 23 de outubro de 2010, quando se oficializou a participação da papelaria na rede de suprimentos.

De janeiro a dezembro de 2010, a Kalunga recebeu do Estado, por meio de dezenas de ordens de fornecimento, R$ 28.860.106,79.

Um sistema padronizado que facilite a compra de material escolar pode ser útil para as instituições de ensino, já que o diretor deixa de orçar preços de diferentes fornecedores e de cuidar para que os produtos estejam todo o mês nas escolas. Assim, ganham mais tempo para se dedicar, por exemplo, às questões pedagógicas.

O problema é que, pelo sistema atual, os produtos custam muito mais do que o visto no mercado. A almofada para carimbo número 20 com dois refis custa R$ 1,75 na BEC, já na Reval, a mesma almofada custa R$ 9,29, cinco vezes mais do que o preço negociado na bolsa. Na lista da Kalunga e da Gimba, retirada do Diário Oficial do dia 8 de abril de 2009, não há o mesmo modelo do produto, no entanto, as papelarias não disponibilizam nenhuma almofada para carimbo com preço inferior a R$ 2,85.

Já o único tipo de compasso apresentado na lista da Kalunga custa R$ 22,80, enquanto, pelo valor da bolsa, item semelhante tem preço que varia de R$ 2,20 a R$ 6. Um rolo de barbante de seis fios sai por R$ 3,57 na BEC, mas o produto é mais caro em todas as papelarias que fornecem para a Secretaria da Educação: na Kalunga custa R$ 6,68, na Reval, R$ 8,15 e na Gimba, R$ 4,58. Mesmo se compararmos com o varejo, o preço é menor: um barbante de oito fios, disponível no site da Kalunga para o comprador comum, custa R$ 5,20.

O cartucho toner para Lexmark laser yellow c5220ys tem preços bem distintos. Na BEC, ele é negociado, em média, a R$ 247,50, na lista da Kalunga de setembro, acessada apenas por diretores, o cartucho custa R$ 262,08, já em dezembro, o preço saltou para R$ 447, e no site da Kalunga para o comprador comum, ele é mais barato do que para o Estado: sai por R$ 420. Na Reval, o cartucho sai por R$ 360,73 e na Gimba, R$ 299,48, valores superiores ao da bolsa.

Um papel higiênico de oito rolos simples custa R$ 11,76 pela bolsa eletrônica e um, com características semelhantes sai por R$ 38,33 na Kalunga e R$ 36, na lista da Reval.
Desconsiderando questões de frete e quantidade de produtos vendidos, apenas para comparação, o mesmo diretor compra no supermercado, para sua casa, um pacote de papel higiênico de oito unidades por preço que varia de R$ 8 a R$ 19. Para sua escola, pelo site da Kalunga, o pacote com oito rolos mais barato custa R$ 38,33.

Outros itens pesquisados pela reportagem têm preços superiores à média negociada na bolsa, como absorvente higiênico, apontador, borracha, cola, fita crepe e sabonete.

Antes e depois – Antes da existência do sistema eletrônico de compras, que começou a ser implementado primeiramente na capital paulista e na região metropolitana de São Paulo, os diretores recebiam R$ 1,60 mensais por aluno para fazer as compras da escola. Eles eram responsáveis por fazer no mínimo três orçamentos diferentes para cada item antes da compra e adquirir o produto com o menor preço, que já incluía frete. Agora, devem comprar diretamente da empresa determinada pela diretoria de ensino da região. Além das três empresas citadas, mais uma papelaria é responsável pela distribuição de materiais em áreas pré-determinadas do Estado. O dinheiro, que antes era distribuído trimestralmente, agora é repassado mensalmente e pode ser acumulado em forma de crédito de um mês a outro.

Segundo videoconferência veiculada no dia 27 de setembro de 2010 pela Rede do Saber do governo paulista, que transmite programas para professores de escolas de São Paulo, o objetivo inicial apontado pelos conferencistas era reduzir custos e facilitar o trabalho dos diretores das escolas estaduais.

Na videoconferência, Mércia Esteves, chefe de departamentos de suprimentos da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), ligada à secretaria, afirma que o objetivo do sistema é “desonerar o diretor da burocracia, padronizar os suprimentos e reduzir custos”.

“Quando a aquisição de uma quantidade é maior, você consegue um preço melhor, porque aí está embutido a logística, quando o consumo é maior, o custo dos produtos tende a cair”, disse no vídeo a chefe de departamentos. Eles prometem entregas de 48 horas a cinco dias.

Diretor de finanças da Coordenadoria de Ensino do Interior (CEI), Antonio Henrique Filho, disse que os produtos escolhidos para compor a lista de materiais podem apresentar problemas de qualidade. “Pode ser que um ou outro item não tenha a qualidade que a gente quer”, disse em vídeo.

Diretores – Para a diretora Giannete Maria Pontim, da Escola Estadual Dr. Antonio Braz Gambarini, em Osaco, área atendida pela Gimba, o novo sistema é “péssimo”. “O preço é pior do que no mercado e a qualidade também é pior do que no mercado”, afirmou.

O diretor da Escola Paulo Machado de Carvalho, no bairro Bela Vista em São Paulo, área atendida pela Kalunga, concorda. “Os preços estão altos e no começo a entrega estava irregular, mas agora estão regularizando”, disse José Cícero do Nascimento.

Já a diretora da Escola Brasílio Machado, em Pinheiros, também atendida pela Kalunga, diz que o novo sistema trouxe praticidade e que há verba todo mês.

A diretora Célia Fujita, da Escola André Xavier Gallicho, na Mooca, afirmou que o sistema facilitou a rotina da direção, mas que os preços estão muito mais caros do que os comprados em pequenos fornecedores depois de levantamento de preços. Ela também diz observar qualidade inferior em alguns produtos, como o copo plástico e o papel toalha.

Diretora de escola em Jundiaí, que não quis se identificar, disse que a rede de suprimentos tem “pontos positivos e negativos”. Ela afirmou que não tem mais que fazer prestação de contas, mas que, por outro lado, os preços estão mais altos do que os do sistema antigo e que agora não é possível escolher qualidade e tamanho de alguns produtos. “Eu precisava de um cadeado grande para trancar a escola, mas na lista da empresa só apareciam modelos pequenos ou médios”, disse. O município de Jundiaí é atendido pela Reval.
Para Luiz Gonzaga, presidente da Udemo (Sindicato de Especialistas de Educação
do Magistério Oficial do Estado de S.Paulo), entidade que representa os diretores de São Paulo, o novo sistema gera “monopólio” e mais gasto do dinheiro público. Ele diz que a maioria dos profissionais da educação não procurou a entidade para reclamar, porque a rede de suprimentos tirou do diretor a função de buscar orçamentos e finalizar as compras, mas, mesmo assim, alguns diretores fizeram queixas sobre preços abusivos.

“Há duas questões em jogo. Uma grande parte dos diretores gostou porque tirou das costas o peso de correr atrás de bons materiais e preços, mas por outro lado o sistema amplia os gastos. A tendência é que grandes empresas monopolizem e alguém está ganhando dinheiro com isso. A Kalunga? A Gimba? Quando o Estado mexe com algo, alguém está ganhando dinheiro com isso”, disse.
“Alguns diretores perceberam e denunciaram o aumento da despesa. Quando a escola fazia a pesquisa, os preços eram menores. Eles também disseram que o material que chega pela rede de suprimentos tem qualidade duvidosa”, completou Gonzaga.

Escolas no Sudeste – Para saber como os materiais escolares e de limpeza são comprados por escolas no Brasil, a Carta procurou o governo dos outros três Estados do Sudeste.

Minas Gerais afirmou que o sistema de compras de material escolar é descentralizado e não há um sistema de compras online. De acordo com a subsecretaria de comunicação do governo mineiro, os recursos são retirados da Caixa Escolar, “que possui um estatuto próprio de licitação, que deve observar princípios como a oferta de melhor preço, legalidade, impessoalidade e vinculação ao edital. As escolas têm ainda a opção adquirir o material escolar por meio da Ata de Registro de Preços do Estado”.

O Rio de Janeiro também tem sistema semelhante ao de Minas. De acordo com a Secretaria da Educação, não existe um sistema de compras unificado para aquisição de material escolar e de limpeza. “ as unidades escolares recebem verbas de manutenção e, é através desta verba de manutenção que as diretoras de escolas providenciam a aquisição dos materiais e serviços necessários ao funcionamento de suas atividades regulares”, disse a secretaria.

Ainda de acordo com a secretaria, as escolas precisam apresentar cotação de preços e “ são orientadas a pesquisarem no comércio local, no mínimo três orçamentos para cada item a ser adquirido”.

A secretaria afirmou ainda que a cotação de preços de cada escola é elaborada de acordo com o seu mercado regional. “Quando um valor de um determinado item não é compatível com o praticado no mercado, a gestão da unidade é instada a justificar ao setor financeiro. Caso não haja entendimento é aberta uma tomada de contas. Como parâmetro de preços para as unidades escolares, é publicada na extranet da SEEDUC a cada 4 meses uma planilha da Fundação Getúlio Vargas contendo os principais itens utilizados pelas escolas”, diz a secretaria por e-mail.

A Secretaria da Educação do Espírito Santo informou por e-mail que o “valor repassado para cada escola da rede é definido conforme o número de alunos, salas, e quantidade de metas que cada unidade de ensino se propõe a cumprir. Com base nisso, a direção escolar formula seu Plano de Aplicação, que detalha cada recurso que será comprado com a verba. Para cada despesa constante no plano, a direção deverá fazer três orçamentos. No decorrer do ano, a escola poderá reformular seu plano, adequando a alguma necessidade emergencial que possa acontecer”, afirmou a secretaria capixaba.

Outro lado – A Secretaria da Educação de São Paulo informou à Carta Capital, por meio de sua assessoria de imprensa, que a comparação entre os preços pagos pela secretaria e aqueles previstos pela bolsa eletrônica é “descabida”. “Se a rede estadual de ensino efetuasse suas compras pela bolsa, seria preciso que cada escola tivesse funcionários específicos para realizar compras, controlar estoques, conferir entregas, organizar almoxarifados, além de sanar faltas ocasionais de produtos com alto tempo para reposição”.

Segundo a secretaria, “os preços de referência na bolsa eletrônica são preços médios e não incluem o frete para entregas em vários locais, apenas uma única entrega para o lote todo.”

Lojistas ouvidos pela reportagem disseram que o preço pago com os valores negociados na bolsa eletrônica já incluem o frete sem margem de lucro. Antigos fornecedores afirmaram à reportagem que praticavam o preço da bolsa eletrônica e entregavam nas escolas em até 48 horas.

A Kalunga e a Reval informaram que não se posicionariam sobre o assunto e que todas respostas deveriam ser dirigidas à FDE. O diretor comercial da Gimba, Amauri Gennari, afirmou, além do dito pela secretaria, que o fabricante apresenta o preço diretamente à BEC que é isento de ICM, e que o distribuidor, como a Gimba, apresenta um preço maior que leva em conta o imposto.

Confira a comparção de preços de suprimetos na tabela abaixo:

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

PLANEJAMENTO FILOSOFIA 2011

PLANEJAMENTO ESCOLAR 2011
FILOSOFIA
Prezado (a) Professor (a),
Para o ensino da Filosofia no Ensino Médio, podemos considerar o que já foi feito e o que ainda precisa ser realizado para que a manutenção da Filosofia no currículo seja muito mais que força da lei, que a sua sustentação no currículo da escola básica encontre eco nas experiências que contribua para a efetiva formação do cidadão reflexivo, consciente, autônomo e desta forma inserir o educando no universo subjetivo das representações simbólicas. Se assim for entendido, os professores de Filosofia devem estar prontos para conferir a essa disciplina, além do mérito de uma história de lutas para a sua inclusão no Ensino Médio, atitudes que garantam a especificidade da Filosofia no atendimento às demandas sociais para uma educação que promova mais do que a recepção teórica da tradição filosófica, um tratamento dessa herança condizente com as expectativas de ampliação das visões de mundo e dos horizontes sociais.
A partir desses compromissos, em direta sintonia com os textos normativos que orientam o ensino de Filosofia na educação básica, e que serviram de base para a elaboração do Currículo implantado em 2008, pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, foi elaborado um elenco de temas e conteúdos que visam a orientar o professor em seu trabalho na sala de aula.
• O ensino de Filosofia e suas indagações na atualidade. A abordagem filosófica. Os objetivos da Filosofia no Ensino Médio. A contribuição das aulas de Filosofia para o desenvolvimento do senso crítico.
• A Filosofia: a atitude filosófica e o seu caráter crítico, reflexivo e sistemático. Temas e áreas tradicionais da Filosofia: História da Filosofia, Metafísica, Ética, Filosofia Política, Epistemologia, Teoria do Conhecimento, Lógica e Filosofia da Arte ou Estética.
• Técnica e Ciência. A Ciência e seus métodos. A razão instrumental. O pensamento filosófico e sua relação com as Ciências.
• O pensamento filosófico e as concepções de política: a política antiga e medieval. O liberalismo: antecedentes e desenvolvimento. O socialismo. A democracia :histórico do ideal democrático. A cidadania.
• O racionalismo ético e os princípios da vida moral: Sócrates e Aristóteles. Os epicuristas, hedonistas e estóicos. O formalismo kantiano.Os críticos do racionalismo ético.
• História da Filosofia: os modos de pensar que antecederam a filosofia na Grécia Antiga: o mito e a tragédia. As condições históricas para o surgimento da filosofia na Grécia Antiga e as características da filosofia nascente. Filosofia Antiga:dos pré – socráticos ao período helenístico. A Patrística e a Escolástica. O período moderno (séculos XV a XVIII) e seus temas: antropocentrismo, humanismo, a revolução científica, a emergência do indivíduo e do sujeito do conhecimento. Os procedimentos da razão. As teorias políticas do período. O período contemporâneo (século XIX e XX) e seus temas: razão e natureza, razão e moral.As críticas à moral racionalista. As indagações sobre a técnica. A noção de ideologia. A inserção das questões políticas,econômicas e sociais. Os questionamentos da Filosofia da Existência. Filosofia e religião. Os direitos humanos – ideal e histórico.
O professor de Filosofia, assim como os demais, deve participar ativamente dos processos de percepção e formação de valores e de produção de conhecimentos sobre sua disciplina.
Essa produção de conhecimentos pode ser fortemente dinamizada se o professor de Filosofia promover o debate interdisciplinar.
“Penso por exemplo, em uma articulação entre o ensino de História e de Filosofia. Imagino que o professor de Filosofia poderia colaborar com o professor de História quando, por exemplo, o tema das aulas fosse a apresentação da Segunda Guerra Mundial e do período nazista. O professor de Filosofia poderia trabalhar um texto como “Educação após Auschwitz”, de Theodor W. Adorno, articulando suas aulas com as do professor de História. Logo em seguida, poderia pensar a criação da Organização das Nações Unidas e sua Carta de Princípios, juntamente com uma discussão sobre direitos humanos, em que pensadores da Filosofia moderna seriam essenciais, como John Locke, Jean-Jacques Rousseau e Immanuel Kant. A apresentação da Revolução Francesa e das revoluções do século XIX poderia ser acompanhada por textos de Karl Marx com o professor de Filosofia [...] Poderia escolher, por exemplo, um tema de estética e trabalhá-lo em conjunto com o professor de Literatura [e de Arte]; poderia escolher um tema de ética e trabalhá-lo com o professor de Biologia (em problemas de bioética, por exemplo) ou com o professor de Geografia ( no exame de problemas ambientais, por exemplo)”.
Por outro lado, os PCN oferecem uma significativa contribuição ao elencar as possibilidades para contemplar os conteúdos especificamente filosóficos: histórica (centro ou referencial) e (ou) temática: “[...] Cada uma dessas opções não exclui a combinação com outras.
Nesse sentido, pode-se imaginar, perfeitamente, uma parte histórica e uma parte temática em um curso de Filosofia”. (Brasil.2000,p.51).
É importante registrar, ainda que a utilização dos Cadernos do Professor e do Aluno não pressupõe o abandono do livro didático. Ao contrário, propõe-se uma ampliação das possibilidades de seu uso, tanto em sala quanto em atividades extraclasses. Aliás, no que se refere às atividades sugeridas aos alunos, foram enfatizadas as ações de estudo e pesquisa desenvolvidas fora dos muros da escola , pelo entendimento de que as tradicionais “lições de casa”, acrescentadas dos atuais recursos oferecidos pelas tecnologias de comunicação e informação, ainda mantêm suas qualidades potenciais .
Todas essas preocupações visam a valorizar a Filosofia no universo escolar, tentando fazer com que os estudantes sejam envolvidos em práticas de ensino motivadoras – base indispensável para qualquer desenvolvimento intelectual, o que incide diretamente no ensino da Filosofia.
Conteúdos de Filosofia a serem trabalhados durante o ano letivo.
1ª série do Ensino Médio.
• Por que estudar Filosofia.
• As áreas da Filosofia.
• A Filosofia e outras formas de conhecimento.
• Mito, Cultura, Religião, Arte, Ciência.
• Introdução à Filosofia Política.
• Teorias do Estado.
• Socialismo, anarquismo e liberalismo.
• Filosofia Política.
• Democracia e cidadania: origens, conceitos e dilemas.
• Desigualdade social e ideológica.
• Democracia e justiça social.
• Os direitos humanos.
• Participação política.
2ª série do Ensino Médio.
• Introdução à ética.
• O eu racional.
• Autonomia e liberdade.
• Introdução à teoria do indivíduo.
• John Locke, Jeremy Bentham e Stuart Mill.
• Paul Ricoeur e Michel Foucault.
• Condutas massificadas,alienação moral.
• Filosofia, Política e Ética.
• Humilhação,velhice e racismo.
• Homens e mulheres.
• Filosofia e educação.
• Desafios éticos contemporâneos.
• A Ciência e a condição humana,introdução à Bioética.
3ªsérie do Ensino Médio
• O que é Filosofia.
• Superação de preconceitos em relação à Filosofia e definição e importância para a cidadania.
• O homem como ser de natureza e de linguagem.
• Características do discurso Filosófico.
• Comparação com o discurso da literatura.
• Comparação com o discurso religioso.
• O homem como ser político.
• A desigualdades entre os homens como desafio da política.
• Comparação com o discurso científico.
• Três concepções de liberdade.
• Libertarismo, determinismo e dialética.
• Valores contemporâneos que cercam o tema da felicidade e das dimensões pessoais e sociais da felicidade.

Mais uma vez espero que o seu trabalho possa contribuir para a consolidação da disciplina Filosofia no currículo da escola média.

Referências Bibliográficas:

SÃO PAULO: (Estado) Secretaria da Educação.
CURRICULO: Estado de São Paulo: Ciências Humanas e suas tecnologias / Secretaria da Educação ; coordenação geral, Maria Inês Fini; coordenação de área, Paulo Miceli. – São Paulo: SEE, 2010.
CADERNO: Professor – Filosofia. SEE.
Fabrício Proença
PCOP de Filosofia/ Sociologia
Telefone (15) 3275 9674
E-mails
fa.che@hotmail.com
filofabricio@gmail.com
Diretoria de Ensino de Itapetininga

PLANEJAMENTO SOCIOLOGIA 2011

PLANEJAMENTO ESCOLAR 2011
SOCIOLOGIA
Prezado (a) Professor (a),
Para o ensino da Sociologia no Ensino Médio, devemos considerar o que já foi feito e o que ainda precisa ser realizado para que a manutenção da Sociologia no currículo seja muito mais que força da lei, que a sua sustentação no currículo da escola básica encontre eco nas experiências que contribua para a efetiva formação do cidadão consciente, autônomo e atualizado com as transformações no mundo. Se assim for entendido, os professores de Sociologia devem estar prontos para conferir a essa disciplina, além do mérito de uma história de lutas para a sua inclusão no Ensino Médio, atitudes que garantam a especificidade da Sociologia no atendimento às demandas sociais para uma educação que promova mais do que a recepção teórica da tradição sociológica, um tratamento dessa herança condizente com as expectativas de ampliação das visões de mundo e dos horizontes sociais.
Ao se tomar os três grandes paradigmas fundantes do campo de conhecimento sociológico – Karl Marx, Max Weber e Emile Durkhein -, discutem-se as questões centrais que foram abordadas, bem como os parâmetros teóricos e metodológicos que permeiam tais modelos de explicação da realidade. No entanto, a grande preocupação é promover uma reflexão em torno da permanência dessas questões até hoje, inclusive avaliando a operacionalidade dos conceitos e categorias utilizados por cada um desses autores, no que se refere à compreensão da complexidade do mundo atual. (Parâmetros Curriculares, 1998, p.36)
Dessa forma, você deverá traçar um planejamento que permita ajustes e complementações visando atingir as metas postas para a Sociologia como disciplina da escola média. Sabemos que pelo espaço que ocupa no currículo, sua tarefa não será fácil, mas acredito que ela é possível.
O seu trabalho, a partir do que é oferecido nos documentos curriculares oficiais, deve enfatizar a formação que ultrapasse certa tradição escolar na transmissão dos conteúdos das ciências. Nessa perspectiva, as competências desenvolvidas pela Sociologia devem permitir ao jovem estudante investigar, identificar, descrever, classificar e interpretar/explicar os fatos relacionados á vida social, para que possa decodificar a sua complexidade.
Nesse sentido, o Currículo Oficial do Estado de São Paulo, assim como os Cadernos que compõem a sua implementação, trazem a Sociologia como uma ciência em interação reflexiva que permite compor um instrumental prático de intervenção na vida social.
As teorias, os conceitos e os temas constituem ferramentas do pensar sociológico e não podem ser trabalhados separadamente, apesar das suas especificidades. As teorias têm origens sociais – são modelos explicativos. Os conceitos operam no contexto lingüístico, lembrando sempre que eles têm história e, por isso, sempre temos que ter em mente de onde e de quem estamos falando. Os temas partem do concreto e podem ser abordados a partir de uma tradição ou da realidade emergente.
A Sociologia apresenta alguns temas que são prioritários em empreendimentos intelectuais e acadêmicos, mas que podem, diante de diferentes eventos, dar lugar para outras preocupações ou mesmo requerer outros tratamentos mediante novos enfoques.
A pesquisa como forma de ensino está evidenciada na proposta para o ensino de Sociologia e, nessa perspectiva, temos incluído a investigação, organização, tabulação interpretação dos dados, permitindo que o aluno produza o conhecimento.
É sempre bom lembrar que a Sociologia, cujo lugar habitual é a universidade, tem sido chamada para ocupar outros lugares. No Ensino Médio, ela é inquirida sobre os eventos que acontecem no mundo. Nesse sentido, caro (a) professor (a), é importante que fiquem claros os valores básicos que precedem a abordagem temática da Sociologia.
Segundo a professora Maria Alice R. de Carvalho, “valores que precisam ser conhecidos porque dizem o que a Sociologia tem para ensinar. São eles : o estranhamentos que aproxima pela curiosidade ao mesma tempo em que requer distanciamento - necessário para entender as formas costumeiras e regulares; a solidariedade como possibilidade de construção social e não como marca moralizadora ; o antidogmatismo, que permite o questionamento permanente ; e, finalmente , o deslocamento , como pertubação contextual, que favorece o procedimento crítico”.
Sugiro que considere esses princípios em todas as séries – no seu início de ano. Esses princípios elementares da Sociologia devem ser apreciados também no seu planejamento.
Para reavivar esses princípios, procure articulá-los com os conteúdos e habilidades e competências expostos nos Cadernos: para os alunos da 1ª série, pode ser interessante começar apresentando esses princípios, em especial, de estranhamento.
Os alunos da 2ª série já foram apresentados para a Sociologia, mas parece importante considerar ou retomar, caso tenha sido possível trabalhar todo o Caderno no ano de 2010, as questões pertinentes á desigualdade social, com ênfase na realidade que se apresenta no nosso cotidiano, dando conta das competências comuns de Representação e Comunicação; Investigação e Compreensão e Contextualização Sociocultural, trazendo á baila um ponto tradicional da Sociologia.
Como apontamos anteriormente, outro ponto recorrente e exaustivamente questionado pela Sociologia é o surgimento, a manutenção e a mudança dos sistemas sociais que são produzidos na dinâmica do processo de interação.
Seria interessante pontuar as diferentes formas de estratificação social: as castas, os estamentos e as classes sociais.
Esse tipo de análise contextualizada no sistema social brasileiro, enquanto uma estrutura baseada em classes sociais abre espaço em sala de aula para uma reflexão sobre o processo histórico de construção das desigualdades sociais, que aponta par5a problemas, como a exclusão (social, econômica e política) e a concentração (de poder e renda). Ao se falar de sistemas sociais, também poderia ser realizada uma menção conceitual, ainda que não muito aprofundada, à noção de estrutura e à escola estruturalista de pensamento.
(Parâmetros Curriculares Nacionais, 1988, p.38)
Para os alunos da 3ª série, reforçar os princípios da Sociologia é de fundamental importância, tendo em vista que esses alunos não tiveram oportunidade de entrar em com o Currículo apresentado pelas Situações de Aprendizagens da 1ª série . Considere, nesse caso, como habilidade e competências desenvolvidas na 2ª série.
Mais uma vez espero que o seu trabalho possa contribuir para a consolidação da disciplina Sociologia no currículo da escola média.
Referências Bibliográficas:

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica.
Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio: Filosofia. Brasília: MEC, 1998
CARVALHO.Maria Alice R. Estranhamento – o desconforto em relação ao mundo real.
CURRICULO: Oficial do Estado de São Paulo: Sociologia/ Coord. Maria Inês Fini. – São Paulo: SEE, 2008.
CADERNO: Professor – Sociologia – Heloisa Helena Teixeira de Souza.





Fabrício Proença
PCOP de Filosofia/ Sociologia
Telefone (15) 3275 9674
E-mails
fa.che@hotmail.com
filofabricio@gmail.com
Diretoria de Ensino de Itapetininga

terça-feira, 7 de setembro de 2010






Então gente boa, para quem acredita em herói, ai vai um dos merecedores de tal título em nossa história. Diferente não é? Estranho quem sabem... Pois então, uma país tão acostumado a ver a história com os olhos dos vencedores. Pois bem, parece que as coisas começam a mudar. A história é feita por pessoas de "carne e osso" como eu e voce, nada de sobrenatural ou divino, simplesmente pessoas ou grupos de pessoas organizadas lutando e trabalhando.
Esse é um cara que merece destaque, fez, lutou...



Então gente boa, voltando ao assunto sobre "aquela figura", já ouviram falar no poderoso "Navegante Negro"? Pois bem, o maravilhoso samba "O Mestre-Sala dos Mares" composto na década de 1970, por Aldir Blanc e João Bosco, imortaliza não só "aquela figura" como também o episódio histórico a qual faz parte. Este samba foi composto originalmente como samba enredo de uma escola paulista, mas como fazia referência a uma grande figura popular, que esteve envolvido em um singular movimento constestatório do Brasil Contemporâneo, acabou censurado pela ditadura militar e não foi as ruas.


Trata-se de João Cândido Felisberto, grande líder da Revolta da Chibata, em 1910. Um movimento planejado durante dois anos por marinheiros brasileiros que, por incrível que pareça, 20 anos após o fim da escravidão, ainda eram castigados com chibatadas. Vale lembrar que maior parte dos marinheiros eram negros ou mulatos.


Outra curiosidade sobre esse fato é que João Cândido era gaúcho, nascido na vila de Dom Feliciano, na época distrito de Encruziliada do Sul. Em 1910 com 30 anos de idade, era filho de ex-escravos. Este "navegante negro" não só transformaria-se em uma grande liderança popular, mas tambem em um grande marinheiro que atravessou oceanos a serviço da marinha brasileira. É em suas viagens, a serviço da marinha, que tem contato com marinheiros de outras parte do mundo, percebendo, então, uma realidade bastante diferente em relação ao que eram submetidos os marinheiros aqui no Brasil e também adquirindo uma maturidade política singular - influenciado, inclusive, pela ensaio revolucionário russo do Encouraçado Potemkin em 1905.


Está ai, este sim, um grande nome de nossa história. Se quiserem saber mais, wikipedia. Busquem também o samba (música de verdade). Tem um filme espetacular, de 1920, sobre o Encouraçado Potemkin de Sergei Ensenstein

Grécia Antiga




A importância de se conhecer a Grécia da Antigüidade (que se desenvolveu entre 2000 a.C. e 500 a.C.) é que a herança de sua cultura atravessou os séculos, chegando até os nossos dias. Foram influências no campo da filosofia, das artes plásticas, da arquitetura, do teatro, enfim, de muitas idéias e conceitos que deram origem às atuais ciências humanas, exatas e biológicas. A Grécia antiga não formava uma nação única, mas era composta de várias cidades, que tinham suas próprias organizações sociais, políticas e econômicas. Apesar dessas diferenças, os gregos tinham uma só língua, que, mesmo com seus dialetos, podia ser entendida pelos povos das várias regiões que formavam a Grécia. Esses povos tinham também a mesma crença religiosa e compartilhavam diversos valores culturais. Assim, os festivais de teatro e os campeonatos esportivos, por exemplo, conseguiam reunir pessoas de diferentes lugares da Hélade, como se chama o conjunto dos diversos povos gregos. Essa Grécia de 4.000 anos atrás era formada por ilhas, uma península e parte do continente europeu. Compunha-se de várias cidades, com seus governos próprios, que eram chamadas de cidades-Estados. Essas cidades localizavam-se ao sul da Europa, nas ilhas entre os mares Egeu e Jônio.
Esparta e Atenas:
As principais cidades gregas da Antigüidade foram Atenas e Esparta. Essas sociedades eram, aliás, bem diferentes e freqüentemente lutaram uma contra a outra. A sociedade espartana era considerada rígida (nos dias de hoje, quando queremos dizer que alguma coisa ou pessoa é muito cheia de regras, fechada, dizemos que é "espartana"). Em Esparta, os homens viviam para a vida militar. Eles só podiam casar depois de terem sido educados pelo Estado, em acampamentos coletivos, onde viviam dos 12 até os 30 anos. Para o governo, existiam os conselhos de velhos, que controlavam a sociedade e definiam as leis. As mulheres espartanas cuidavam da casa e tinham também uma vida pública: administravam o comércio na ausência dos homens. Já Atenas, que foi considerada o exemplo mais refinado da cultura grega, teve seu apogeu cultural e político no século 5 a.C. Na sociedade ateniense, diferentemente de Esparta, as decisões políticas não estava nas mãos de um conselho, mas sim no governo da maioria, a democracia. Dentro desse sistema, todos os cidadãos podiam representar a si mesmos (não precisavam eleger ninguém) e decidir os destinos da cidade. Ao mesmo tempo em que Atenas abria o espaço para os cidadãos, reservava menor espaço para as mulheres do que na sociedade espartana. Em Atenas, as mulheres, assim como os escravos, não eram consideradas cidadãs.
Os jogos olímpicos
Na Grécia Antiga, os jogos olímpicos eram um ritual de homenagem a Zeus (o deus máximo de uma religião com muitos deuses). Esses jogos realizavam-se na cidade de Olímpia e envolviam todas as cidades-Estados da Hélade em várias competições de atletismo. Dentre as modalidades de esporte que se praticavam havia a corrida, a luta livre, o arremesso de discos, salto e lançamento de dardos. Os vencedores voltavam às suas cidades com uma coroa de folhas de oliveira e um imenso prestígio.

Mitologia grega:
A religião politeísta grega era marcada por uma forte marca humanista. Os deuses possuíam características humanas e divinas. Os heróis gregos (semi-deuses) eram os filhos de deuses com mortais. Zeus, deus dos deuses, comandava todos os demais do topo do monte Olimpo. A mitologia grega também era muito importante na vida desta civilização, pois através dos mitos e lendas os gregos transmitiam mensagens e ensinamentos importantes. No quadro abaixo podemos conhecer outros deuses gregos.

Os doze deuses olímpicos

Nome grego
Nome latino
Características

Zeus
Júpiter
Era o senhor do céu, o deus das nuvens e das chuvas, e tinha no raio a sua maior arma. No entanto, não era onipotente. Era possível opor-se a ele ou mesmo enganá-lo.

Poseidon
Netuno
Irmão de Zeus, era o senhor do mares e ocupava o segundo lugar na hierarquia do Olimpo.

Hera
Juno
Irmã e mulher de Zeus. Era a protetora dos casamentos. Muito ciumenta, vingava-se sempre dos constantes relacionamentos adúlteros do marido.

Hades
Plutão
Dominava o mundo subterrâneo, onde habitavam os mortos: o Tártaro, onde eram punidos os vilões, o Elíseo, onde eram recompensados os heróis.

Palas Atena
Minerva
Gerada da cabeça de Zeus, era sua filha favorita e a deusa da sabedoria.

Apolo
Febo
Filho de Zeus e Leto, era identificado com o Sol e considerado o deus da música e da cura - artes que ensinou aos homens

Ártemis
Diana
Irmã gêmea de Apolo, era a deusa da caça e da castidade.

Afrodite
Vênus
Deusa do amor e da beleza, que a todos seduzia, fossem deuses ou simples mortais.

Hermes
Mercúrio
Filho de Zeus e mensageiro dos deuses, dos quais era o mais esperto ou astuto. Por isso, protegia comerciantes e ladrões.

Ares
Marte
Filho de Zeus e Hera, é o deus da Guerra, considerado, por Homero, "a maldição dos mortais".

Hefesto
Vulcano
Deus do fogo, ferreiro e artesão, que fabricava os utensílios e as armas de deuses e heróis.

Héstia
Vesta
Era o símbolo do lar e foi mais cultuada pelos romanos que pelos grego

Karl Marx "Gauchão"



Karl Heinrich Marx (Tréveris, 5 de maio de 1818 — Londres, 14 de março de 1883) foi um intelectual e revolucionário alemão, fundador da doutrina comunista moderna, que atuou como economista, filósofo, historiador, teórico político e jornalista. O pensamento de Marx influencia várias áreas, tais como Filosofia, História, Sociologia, Ciência Política, Antropologia, Psicologia, Economia, Comunicação, Arquitetura, Geografia e outras. Em uma pesquisa da rádio BBC de Londres, realizada em 2005, Karl Marx foi eleito o maior filósofo de todos os tempos.
Gostou? Ficou curioso? Quer saber Mais?

Acessa ai: http://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Marx

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Filosofia no cotidiano!!



Este quadro de Renoir retrata o ato de ler, uma prática indispensável a quem deseja estudar filosofia. O texto filosófico tem características próprias, que o fazem diferente das obras de ciência e literatura. Para dar o primeiro passo no estudo da filosofia é preciso entender como encarar as obras dos grandes filósofos. Veja algumas dicas.


Texto filosófico
Dicas para entender livros de filosofia

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

Os livros são o suporte material do texto e das idéias


É possível aprender a ler textos filosóficos - textos dissertativo-argumentativos por excelência, entendo as particularidades desse tipo de texto.

É importante destacar que um texto filosófico não é, a priori, uma narração, mas uma dissertação e uma dissertação argumentativa, não-expositiva. Nesse sentido, ele não visa a transmitir informações como por exemplo um texto jornalístico. O texto filosófico, de um modo geral, propõe uma tese e a defende através de argumentos. Ele não é um texto literário e a elegância de estilo, além de não ser obrigatória, pode constituir uma inimiga do rigor e da precisão.

Considerando tudo isso, o objetivo da leitura de um texto filosófico não é tomar conhecimento de algo, não é informar-se, não é deleitar-se esteticamente com as palavras. O objetivo da leitura, no caso da filosofia, é o entendimento do texto. Nesse sentido, a primeira pergunta que devemos nos colocar aqui é: o que significa entender um texto?

Em primeiro lugar, por entendimento podemos estar nos referindo à compreensão literal do texto, que consiste na capacidade de repetir aquilo que ele diz. Num segundo momento, podemos aludir à capacidade de parafraseá-lo, isto é, de repeti-lo ou reproduzi-lo, usando nossas próprias palavras. Mas a definição mais completa vai além dessas duas etapas.


Traduzir e superar dificuldades
Entender um texto é ser capaz de "traduzi-lo", isto é, torná-lo mais claro, mais explícito do que ele é originalmente, de modo que nos tornemos aptos a explicá-lo, a torná-lo compreensível a outros leitores. O entendido, portanto, é atingir o sentido do texto ou aquilo que ele objetivamente diz.

No entanto, nem sempre entendemos um texto, o que pode ou não estar relacionado ao seu nível de dificuldade. De qualquer modo, o não entendimento pode ser superado. Quando não se entende um texto - ou uma passagem dele - há sempre um motivo para isso.

No caso de ter havido falta de atenção, a releitura é a maneira certa de resolver o problema. Caso contrário, é preciso nos questionarmos e saber o que ou por que não entendemos.

Muitas vezes, não entendemos um texto filosófico porque não possuímos os pré-requisitos necessários para entendê-lo. Muitas vezes, um filósofo escreve um livro comentando ou contextando a obra de outro filósofo e, se você desconhecer a referência à obra anterior, dificilmente vai captar com precisão o sentido daquela que está lendo. Assim, é preciso preencher os pré-requisitos, antes de ir adiante.


Deixe suas crenças de lado
Por outro lado, o não entendimento pode ser proveniente de nossas próprias crenças que se transformam num empecilho à compreensão das ideias alheias. Se isso ocorre - em em geral certos estados emocionais permitem identificar quando isso ocorre -, devemos procurar separar claramente as nossas crenças das ideias do autor e não discutir com elas. Não podemos deixar, neste momento, que nossa opinião interfira e distorça o entendimento.

Depois de questionarmos o que é entender um texto, é conveniente nos perguntarmos se o entendemos corretamente. Uma compreensão correta não contradiz o sentido literal do texto e leva em conta as regras da gramática (em especial, a sintaxe). Além disso, porcura a unidade que o texto deve ter, sem deixar qualquer parte solta ou nenhuma passagem de lado.

Também é preciso perceber as conexões que existem entre as diversas partes do texto e, quando está nesse rumo, geralmente o leitor consegue antecipar o desenvolvimento da argumentação, prevendo o que virá a seguir. Em princípio, deve-se considerar como erro de compreensão todas as contradições encontradas no texto. Pelo menos se não surgirem provas explícitas do contrário, isto é, de que o texto tem mesmo contradições.


Acertar o foco
Em especial numa época em que se usam com frequência metáforas do tipo "a minha leitura de...", "a sua leitura de...", "a leitura que Fulano fez de...", é importante deixar claro que a leitura objetiva de um texto é sempre uma mesma leitura. Ninguém descobre no texto o que nele não existe. A originalidade de uma leitura específica consiste em centrar o foco num aspecto específico que talvez tenha passado despercebido a outros leitores ou ainda que se pode desvelar com maior nitidez.

O entendimento é a finalidade da leitura. O meio de que dispomos para alcançá-la é a análise. Para analisar um texto devemos desconstruí-lo no nível linguístico, procurando reduzi-lo a uma sucessão ordenada de frases simples, na ordem direta: sujeito-verbo-predicado.

Entre outros procedimentos, é importante procurar o significado dos termos que desconhecemos; identificar os pronomes presentes nas frases e saber explicitar os nomes que eles substituem; identificar os termos técnicos, substituindo-os por suas definições.

Aliás, aqui é bom lembrar que algumas palavras de uso corriqueiro podem ter um sentido bem mais específico ou mais elaborado em filosofia. Você certamente sabe o que significa a palavra "substância", mas será capaz de dizer o sentido que ela tem em um texto de Aristóteles? Para isso, você pode recorrer a dicionários específicos de filosofia.


Desconstrução semântica
Depois da desconstrução linguística, chegou a hora de passar à desconstrução semântica, ou seja, em termos de conteúdo do texto analisado. Via de regra, o texto filosófico-dissertativo compõe-se de tese ou hipótese, argumentos, consequências, objetções e contra-argumentos, respostas às objetções, exemplos, definições e aplicação a um caso ou casos particulares.

Pois bem, é preciso saber identificar cada um desses componentes e, a partir daí, estabelecer uma hierarquia, ou seja, uma ordem entre o que é mais importante e o que é menos importante, o que é essencial e o que é acessório, o que é primordial o que é secundário.

Desse modo, você vai purificar o texto, libertá-lo de tudo que é inessencial e estar diante de suas ideias básicas. Com isso, o texto se tornará muito mais breve, certamente perderá sua fluência original, mas ganhará em troca uma ordem mais clara. A partir desse ponto, você já estará apto a concordar com o que é dito ou discordar disso, sabendo as razões da discordância.

Sim, porque a partir desse ponto, você já ultrapassou o entendimento - ou a explicitação de sentido - e estará seguindo rumo à interpretação do texto, que vem a ser o completar esse sentido, tecendo suas próprias reflexões sobre ele, estabelecendo um diálogo com o texto lido.

Filosofia no cotidiano!!



Para muita gente, este quadro do espanhol Joan Miró é uma obra-prima. Outros, porém, acham que ele não significa nada. Trata-se de uma questão de gosto? O que é o belo quando se fala de uma imagem ou de quadro? Que critérios servem para definir o que é uma obra artística? É disso que cuida a Estética ou filosofia da arte.


Estética
Arte traduz o espírito de renovação contínua

Josué Cândido da Silva*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Por mais bela que uma roupa seja, ela vai durar só até o fim da estação


Se existe algo de permanente na moda é o seu caráter efêmero, fugaz, transitório. Uma pessoa determinada a acompanhar a moda sabe que, inevitavelmente, por mais bela que uma roupa seja, ela "durará", no máximo, até o fim da estação.

Quanto mais fielmente um traje corresponder à última tendência da moda, mais ridículo ele parecerá aos olhos das novas gerações com o distanciar do tempo. É por isso que a moda talvez seja a representação mais fiel do espírito dos tempos modernos, caracterizados pela necessidade de renovação contínua, com os olhos sempre voltados para o futuro, para tudo o que é novidade.


Consumo
Karl Marx (1818-1883) viu nesse impulso permanente de inovação uma necessidade da nova sociedade burguesa em sua busca de ampliar ao máximo o consumo de mercadorias.

Diz Marx no "Manifesto Comunista": "A burguesia só pode existir com a condição de revolucionar incessantemente os instrumentos de produção, por conseguinte, as relações de produção e, com isso, todas as relações sociais. (...) Essa revolução contínua da produção, esse abalo constante de todo sistema social, essa agitação permanente e essa falta de segurança distinguem a época burguesa de todas as precedentes (...). Tudo o que era sólido se desmancha no ar...".


Modernidade
Se tudo que é sólido se desmancha no ar, a modernidade não pode remeter-se a um passado que já não mais existe como fonte para os critérios que a orientam. Tampouco pode buscá-los na tradição que a precedeu e contra a qual se rebelou, não lhe restando alternativa senão extrair tais critérios de si própria.

O problema de uma fundamentação da modernidade a partir de si própria não passou despercebido pela crítica estética. Era preciso que a modernidade abandonasse qualquer referência à tradição que aprisionara a arte em padrões rígidos, como se os cânones do que caracteriza uma obra de arte fossem absolutos e impermeáveis às mudanças históricas.


Baudelaire

O poeta e crítico de arte Charles Baudelaire (1821-1867) propôs que a arte, em cada época, deve buscar sua própria forma, ao invés de imitar os padrões de épocas precedentes. A arte situa-se entre o eterno e o atual e pode ser considerada como filha legítima dos tempos atuais, pois "a modernidade é o transitório, o efêmero, o contingente, é a metade da arte, sendo a outra metade o eterno e o imutável".

O talento do artista revela-se ao extrair o eterno do transitório, pois, de outra forma, o eterno não poderia ser apreendido, pelo seu caráter intangível. Como observa Baudelaire: "O belo é constituído por um elemento eterno, invariável, cuja qualidade é excessivamente difícil de determinar, e de um elemento relativo, circunstancial (...) sem esse segundo elemento, que é como a cobertura brilhante e atraente que abre o apetite para o divino manjar, o primeiro elemento seria indigerível, (...) para a natureza humana".

A beleza eterna desvela-se apenas no traje da época, daí a afinidade da arte com a moda, ambas buscam algo de eterno no atual e momentâneo, mesmo reconhecendo a impossibilidade de retê-lo. Toda arte, assim como toda moda, é inevitavelmente datada como o retrato de uma época.


Novas formas
O artista precisa mergulhar em seu tempo; não pode ficar preso às formas do passado sob o risco de ser considerado um mero imitador. Ele precisa experimentar novas formas que melhor traduzam a sensibilidade de seu tempo, o que o dispõe a correr o risco de não ser compreendido por seus contemporâneos.

As pessoas são educadas e compreendem mais facilmente o que já foi digerido pela crítica e consagrado pelos acadêmicos. Por isso, é mais fácil repetir fórmulas consagradas e se arriscar menos se quiser ter o sucesso garantido. Os filmes, as músicas, a literatura e a moda, voltadas para o grande público, preferem repetir fórmulas consagradas a promoverem uma revolução na estética.


Eternizar o belo do efêmero
O artista que não se conforma com repetir receitas de sucesso, que procura traduzir o eterno no atual, corre o risco de ser incompreendido, de ser considerado produtor de uma arte "marginal". Esse artista pode não encontrar o devido reconhecimento em seu próprio tempo.

Isso não quer dizer que a arte está destinada a ser incompreendida ou que se dirige a uma minoria. Mesmo a arte erudita pode ser uma repetição de fórmulas de sucesso diferenciando-se apenas pelo poder aquisitivo de seus consumidores. Nisso a arte diferencia-se da moda, já que no caso da moda, o sucesso não pode servir como critério para definir se uma obra é realmente boa ou não.

O artista pode se sentir inseguro por não ter parâmetros claros capazes de avaliar sua obra, já que toda obra de arte é justamente a reinvenção dos parâmetros tradicionais e o rompimento com as formas cristalizadas. Mas a insegurança, a falta de referências e o esfumaçar de tudo que é sólido são justamente características da modernidade. Cabe ao artista a tentativa de construir uma obra capaz de eternizar o belo volátil do efêmero que, como a moda, passa.

Filosofia no cotidiano!!



Atenas (foto), na Grécia Antiga, tornou-se um símbolo do ideal de democracia, pois foi ali que surgiram, no Ocidente, as primeiras ideias sobre as melhores maneiras de os homens se governarem. Essa reflexão é a base da Política, que é a arte ou a ciência de como se administra uma sociedade. Sabe por que isso também faz parte da filosofia?


Política
A arte ou ciência de governar

Antonio Carlos Olivieri*

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Você sabia que quem não se interessa por política, acaba sendo governado por aqueles que se interessam? É isso mesmo. As decisões do governo de um país dizem respeito diretamente a todos aqueles que vivem ali. Delas dependem, por exemplo, o preço das coisas, a qualidade das escolas, dos hospitais e dos medicamentos, e até a possibilidade de acessar livremente a Internet - o que os chineses estão proibidos de fazer pelo governo comunista de Pequim.

Levando em consideração o fato de a política interferir na vida de todos nós, é fácil concluir que não é conveniente para ninguém ser completamente ignorante em matéria de política. Para compreender bem a questão, entretanto, é necessário recorrer aos estudos históricos, pois as atividades políticas são tão antigas quanto a própria humanidade.


Um pouco de filosofia
A palavra política deriva do grego "politikós", adjetivo que significa tudo o que se refere à cidade (em grego, "pólis"). Mas o conceito de "pólis" é mais abrangente do que o nosso conceito de município. Na Grécia antiga, entre os séculos 8 e 6 a.C, surgiram as "pólis", que eram, ao mesmo tempo, a cidade e o território agropastoril em seus arredores, que formavam uma unidade administrativa autônoma e independente: uma cidade-Estado, quase como um país nos dias de hoje. Atenas e Esparta são as cidades-Estado mais famosas da Antiguidade grega.

De qualquer modo, inicialmente, a expressão política referia-se a tudo que é urbano, civil, público. O significado do termo, porém, expandiu-se graças à influência de uma obra do filósofo Aristóteles (384-322 a.C), intitulada Política. Nela, o filósofo desenvolveu o primeiro tratado sobre a natureza, funções e divisão do Estado - ou seja, o conjunto das instituições que controlam e administram um país - e sobre as várias formas de governo.

Política, então, passou a designar a arte ou ciência do governo, isto é, a reflexão sobre essas questões, seja para descrevê-las com objetividade, seja para estabelecer as normas que devem orientá-la. Durante séculos, o termo passou a ser usado para designar obras dedicadas ao estudo das atividades humanas que de algum modo se refere ao Estado. Entretanto, nos dias de hoje, ele perdeu seu significado original, que foi gradativamente substituído por outras expressões, como "ciência política", "filosofia política", "ciência do Estado", "teoria do Estado", etc. Política passou a designar mais as atividades, as práticas relacionadas ao exercício do poder de Estado.


Política e poder
Entendido como forma de atividade ou de prática humana, o conceito de política, está estreitamente ligado ao conceito de poder. O filósofo britânico Bertrand Russell (1872-1970) define o poder como "o conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos desejados". Um desses meios é o domínio do ser humano sobre a natureza. Outro é o domínio de alguns homens sobre outros homens.

Neste último sentido, podemos ampliar o conceito de poder definindo-o como uma relação entre dois sujeitos, dos quais um impõe a sua própria vontade ao outro, determina-lhe a maneira de se comportar. O domínio sobre os homens, contudo, não é geralmente um fim em si mesmo. De acordo com Russell, trata-se de um meio para obter "alguma vantagem".

Está claro que o poder político pertence à categoria do poder do homem sobre o outro homem (e não sobre a natureza). Essa relação de poder pode ser expressa de mil maneiras, como a relação entre governantes e governados, entre soberanos e súditos, entre Estado e cidadãos, etc. Porém, é importante ressaltar que há várias formas de poder do homem sobre o homem e que o poder político é apenas uma delas.


Dinheiro, ciência e armas
É possível distinguir três grandes tipos de poder do homem sobre o homem. Para começar, há o poder econômico, exercido quando alguém se vale da posse de certos bens para levar aqueles que não os possuem a um certo tipo de comportamento, que, em geral, é a realização de algum tipo de trabalho. Evidentemente, esse é o poder que o patrão exerce sobre os seus empregados.

Mas há também o poder ideológico, o poder das ideias, do saber, do conhecimento, que permite o domínio sobre a natureza. Esse poder tem sido exercido pelos "sábios" ao longo da história. Nas sociedades primitivas, eram os sacerdotes. Nas sociedades contemporâneas, são os intelectuais ou cientistas. Pense, por exemplo, no poder que um médico pode exercer sobre o seu paciente, já que dispõe do conhecimento necessário para lhe devolver a saúde.

Finalmente, existe o poder político, que se baseia na posse dos instrumentos mediante os quais se exerce a força física (as armas e toda espécie de potência): é o poder de coação, no sentido mais estrito da palavra. Exemplo: se alguém desobedecer a uma determinada lei, o governo tem poder para ordenar a sua prisão por policiais. Em caso de resistência, os policiais têm até o direito de usar suas armas.


Poder político é o poder supremo
Por se tratar de um poder cujo meio específico é a força, o poder político é o poder supremo, ao qual os demais estão subordinados. Embora o uso da força seja o elemento que distingue o poder político dos demais, esse uso é uma condição necessária, mas não suficiente, para tornar a sua existência legítima. Não é qualquer grupo social em condições de usar a força - como os narcotraficantes, por exemplo - que exerce o poder político.

O poder político conta com a concordância de toda a sociedade para usar a força, para ter o seu monopólio, inclusive com o direito de incriminar e punir todos os atos de violência que não sejam executados por pessoas autorizadas.

Isso se torna mais claro quando se pensa na execução de alguém que cometeu um assassinato, nos países onde há pena de morte. Nesses lugares, o Estado tem o direito de tirar a vida de um cidadão para puni-lo por seu crime - embora esse direito seja cada vez mais questionado pela sociedade e pelos cientistas jurídicos.


Limites do poder político
Além da exclusividade do uso da força, ainda podem ser apontadas como características do poder político: a universalidade, ou seja, a capacidade de tomar decisões que valham para toda a coletividade, no que se refere à distribuição e destinação dos recursos (naturais, humanos e econômicos) no seu território; e a inclusividade, isto é, a possibilidade de intervir em todas as esferas de atividade do grupo e de encaminhar essa atividade ao fim desejado, por meio das leis, ou seja, as normas ou regras destinadas a todo o grupo.

Isso não quer dizer, todavia, que o poder político não tenha limites, mas estes variam de acordo com o tipo de Estado. O Estado socialista, por exemplo, estende seu poder à esfera econômica e planeja como a economia deve caminhar. Já o Estado liberal clássico (capitalista) não aceita a intervenção nessa área, deixando que a economia seja regulada por suas próprias necessidades e características peculiares.

No Estado totalitário, como as ditaduras, o poder político se intromete em qualquer campo da atividade humana. Entre 1922 e 1943, na Itália, a ditadura fascista de Benito Mussolini chegava a dar prêmios a casais que tivessem muitos filhos, pois estavam gerando cidadãos para servir ao Estado.


Objetivo da política
Por fim, é conveniente lembrar que até agora tratou-se dos meios da política. Mas ela também tem um objetivo, uma meta, uma finalidade. Uma finalidade mínima e básica, que é comum a toda e qualquer atividade política: a ordem pública nas relações internas do país e a defesa da integridade nacional nas relações exteriores, de um Estado com os outros Estados.

Esta é a finalidade mínima porque é a condição essencial para a obtenção de todos os demais fins (desenvolvimento econômico, segurança e saúde, educação, etc.) que, generalizando, devem garantir o bem-estar do povo. Até mesmo o partido que subverte a ordem não faz isso como um objetivo final, mas como fator necessário à mudança da ordem existente e a criação de uma nova ordem.

Filosofia no cotidiano!!


Além do preconceito racial, combatido por Martin Luther King (foto) nos Estados Unidos, a origem ou a posição social, a religião, a nacionalidade e a orientação sexual têm motivado há muito tempo a intolerância dos seres humanos entre si. O que é o preconceito e como se pode combatê-lo? Veja como a filosofia encara a questão.


Preconceito

A ética e os estereótipos irracionais
Antonio Carlos Olivieri*

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação



Ética é a área da filosofia que estuda o comportamento humano. Portanto, um problema ético de grande relevância e interesse é o preconceito, uma vez que se trata de um comportamento que cria vários problemas práticos para o ser humano. Para o filósofo, ou melhor, no âmbito filosófico, para se tratar do tema, a primeira questão a ser levantada é: o que é ou em que consiste o preconceito?

A resposta que se dará a essa questão aqui tem como base as ideias do filósofo e jurista italiano Norberto Bobbio, cujas posições éticas e políticas costumam ser acolhidas pelos mais diferentes grupos, sejam de direita ou esquerda, por exemplo. Ao analisar o preconceito, Bobbio deixa claro que ele se constitui de uma opinião errônea (ou um conjunto de opiniões) que é aceita passivamente, sem passar pelo crivo do raciocínio, da razão.



O estereótipo
Em geral, o ponto de partida do preconceito é uma generalização superficial, um estereótipo, do tipo "todos os alemães são prepotentes", "todos os americanos são arrogantes", "todos os ingleses são frios", "todos os baianos são preguiçosos", "todos os paulistas são metidos", etc. Fica assim evidente que, pela superficialidade ou pela estereotipia, o preconceito é um erro.

Entretanto, trata-se de um erro que faz parte do domínio da crença, não do conhecimento, ou seja ele tem uma base irracional e por isso escapa a qualquer questionamento fundamentado num argumento ou raciocínio. Daí a dificuldade de combatê-lo. Ou, nas palavras do filósofo italiano, "precisamente por não ser corrigível pelo raciocínio ou por ser menos facilmente corrigível, o preconceito é um erro mais tenaz e socialmente perigoso".


Ao apresentar a base irracional do preconceito, Bobbio levanta a hipótese de que a crença na veracidade de uma opinião falsa só se torna possível por que essa opinião tem uma razão prática: ela corresponde aos desejos, às paixões, ela serve aos interesses de quem a expressa.



Preconceitos coletivos
Bobbio distingue os preconceitos individuais, como as superstições, por exemplo, dos coletivos. Fixa sua atenção nos nestes últimos, porque os primeiros são inócuos, não produzem resultados graves. Ao contrário do que ocorre quando um grupo social apresenta um juízo de valor negativo sobre outro grupo social. Dizer que os homens são diferentes entre si é um juízo de fato, mas, a partir disso, não existem elementos que fundamente juízos de valor que considerem um grupo de homens superior a outro. É precisamente essa diferenciação valorativa que costuma servir de base à discriminação, à exploração, à escravização ou à eliminação de um grupo social por outro.


Racismo no Brasil
O tipo de preconceito mais frequente em nosso país é o racial. O racismo no Brasil fica mais evidente quando o brasileiro identifica o negro com seu papel social. A constatação, obtida por meio de pesquisa, é da psicóloga e professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas, Ângela Fátima Soligo.

Em sua pesquisa, a professora pediu aos entrevistados que atribuíssem dez adjetivos aos homens e mulheres negros. Nessa primeira fase, houve equilíbrio. Os pesquisados utilizaram adjetivos positivos para definir os negros, como competentes, alegres, fortes. Em seguida, eles foram estimulados a qualificar esses adjetivos, atribuindo-lhes características.


O resultado final revelou que a maioria dos entrevistados, aí incluídos também os negros, limita-se a reproduzir os chavões sociais. O negro é alegre porque gosta de samba e Carnaval, forte porque se dá bem nos esportes e competente para trabalhos braçais. "O adjetivo é positivo, mas o papel social ligado ao negro mostra um preconceito arraigado na nossa cultura", concluiu a estudiosa.


Mesmo nas exceções, a regra se confirmou. "Houve um entrevistado que disse que o negro pode ser um advogado competente, mas apenas para livrar outros negros da cadeia, isolando-os à condição de bandidos e marginais". A pesquisa reforçou a tese de que o brasileiro pratica um "racismo camuflado": em tese, diz que não tem preconceito, mas prefere limitar as possibilidades e potencialidades da raça negra. Por exemplo, na pesquisa, não houve identificação do negro com o intelectual ou o político.


Os dados da pesquisa foram semelhantes em todos os estados pesquisados, inclusive na Bahia - cuja capital, Salvador, tem população predominantemente negra e esta culturalmente ligada a tradições africanas. Ela apontou que o modelo, a conduta e a história dos brancos são mais valorizados em nossa sociedade. Com isso, os próprios negros acabam incorporando uma imagem negativa sobre sua raça.


O problema do racismo brasileiro é antigo. Tem início por volta do final do primeiro século de colonização, quando os portugueses constataram a impossibilidade de escravizar os índios. O negro, então, foi trazido à força para o país, para servir de escravo nas plantações de cana de açúcar. Independentemente da miscigenação, o negro e os mestiços sempre foram discriminados socialmente no Brasil.


A própria legislação brasileira, durante quase 500 anos, estimulou a discriminação e o preconceito. Nem após a abolição da escravatura e a proclamação da República, o negro deixou de ser discriminado. Só em 1988, com a promulgação da Constituição que está em vigor (art. 5º - inciso XLII), a prática do racismo passou a ser considerada um crime inafiançável e imprescritível.



Nazismo: um regime político racista
O Nazismo ou Nacional-Socialismo foi uma doutrina que exacerbava as tendências nacionalistas e racistas e que constituiu a ideologia política da Alemanha, durante a ditadura de Adolf Hitler (1939-1945). O pensamento nazista apregoava a superioridade cultural e racial dos alemães, que estariam vocacionados a impor-se sobre os outros povos da Europa. Elegeu como seus inimigos ideológicos o liberalismo e o comunismo, que estariam corrompendo as nações européias e pelos quais seriam os responsáveis o povo judeu.

Considerados como uma raça inferior, além de inimigos do regime, os judeus foram inicialmente discriminados e, depois, violentamente perseguidos. Não só na Alemanha mas em todos os países que foram dominados pelo nazismo, a partir de 1939, os judeus tinham seus bens confiscados pelo Estado e eram confinados em guetos. Com o início da guerra, passaram a ser utilizados como escravos. O ápice do projeto nazista para os judeus, entretanto, era a chamada "solução final", ou seja, o extermínio de todos os judeus europeus. Estima-se que seis milhões de judeus tenham sido massacrados pelo nazismo.


Vale, porém, lembrar que o furor do preconceito nazista não se restringiu aos judeus. Outros povos também foram perseguidos, como os ciganos, ou considerados inferiores, como os eslavos. O nazismo também perseguiu e confinou os homossexuais e chegou a instituir um programa de eliminação dos deficientes mentais da Alemanha.


A esse propósito, pode-se apresentar os diversos tipos de preconceitos sociais mais frequentes, deixando de lado o racismo, já suficientemente comentado:


a) Preconceito quanto à classe social:
Em geral, é a tendência a considerar o "pobre" como um ser humano inferior, em função de sua pobreza, para prevalecer-se dele. A diferença social não pode ser transposta para o plano intelectual ou moral. Neste último, em especial, todos os homens desfrutam e devem desfrutar de uma mesma dignidade.


b) Preconceito quanto à orientação sexual:
Atualmente, é cada vez mais reconhecido, inclusive no aspecto legal, o direito de o indivíduo se relacionar sexual e afetivamente com outro(s) indivíduo(s) do mesmo sexo. A escolha sexual não interfere no caráter e não é obstáculo ao desenvolvimento de qualquer atividade. A homossexualidade (homo = igual), porém, ainda é muito discriminada no Brasil, o que é um resquício da sociedade patriarcal e machista que o país foi até cerca de 40 anos atrás.


c) Preconceito quanto à nacionalidade:
Entre nós, brasileiros, é frequente tachar os portugueses de burros. Isso também é um vestígio do passado colonial: uma forma de nos vingarmos do povo que naquela época mandava em nosso país. Em São Paulo, no começo do século 20, devido à imigração, havia preconceito contra os italianos, chamados pejorativamente de "carcamanos". Na Argentina, há décadas atrás, os brasileiros eram chamados de "macaquitos", por supostamente imitarem as modas vindas dos Estados Unidos.


d) Preconceito contra deficientes:
Há uma grande diferença entre deficiência e incapacidade. No entanto, não é incomum que os deficientes sejam discriminados, particularmente em termos profissionais. Recentemente, o governo brasileiro tem desenvolvido políticas que visam a integrar o deficiente à sociedade e coibir a discriminação.


Finalmente, você pode estar se perguntando: tudo bem, já está muito claro o que é preconceito, como ele se origina e quais são seus tipos mais frequentes, mas a questão principal é como acabar com ele? Pois bem, veja a resposta dada pelo próprio Norberto Bobbio:



“Quem quer que conheça um pouco de história, sabe que sempre existiram preconceitos nefastos e que mesmo quando alguns deles chegam a ser superados, outros tantos surgem quase que imediatamente.
Apenas posso dizer que os preconceitos nascem na cabeça dos homens. Por isso, é preciso combatê-los na cabeça dos homens, isto é, com o desenvolvimento das consciências e, portanto, com a educação, mediante a luta incessante contra toda forma de sectarismo. Existem homens que se matam por uma partida de futebol. Onde nasce esta paixão senão na cabeça deles? Não é uma panacéia, mas creio que a democracia pode servir também para isto: a democracia, vale dizer, uma sociedade em que as opiniões são livres e portanto são forçadas a se chocar e, ao se chocarem, acabam por se depurar. Para se libertarem dos preconceitos, os homens precisam antes de tudo viver numa sociedade livre.”

Você concorda com o aumento de salário de acordo com a avaliação do conhecimento do professor

Fique por dentro!!!

Para saber mais sobre nossos políticos é só acessar!! http://noticias.uol.com.br/politica/politicos-brasil/

Acessem!!!

Para saber mais sobre o presidente Lula é só acessar!!! http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com/

Votando pela "Primeira vez"

Você que está votando pela primeira vez, deve visitar seguinte site para conhecer um pouco mai sobre o partido e o candidato para qual deseja confiar seu voto aí vai o link: http://www.tre-sp.gov.br/

O "Tribunal Superior Eleitoral"

Divulgou a lista dos responsáveis por contas irregulares, vale a pena conferir, mesmo porque tem candidatos da região com contas irregular e os mesmos serão candidatos na próxima eleição aí vai o link do "TSE": http://www4.tcu.gov.br/contasirregulares/ContasIrregulares.pdf

Alunos 2ºA Nestor Fogaça...

Alunos 2ºA Nestor Fogaça...

Alunos 2ºA Nestor Fogaça...

Alunos 2ºA Nestor Fogaça...

Atividade com o espelho na E.E. Nestor Fogaça, "momento de reflexão"...

Atividade com o espelho na E.E. Nestor Fogaça, "momento de reflexão"...




Alunos da E.E. Nestor Fogaça no Teatro Sesi (Itapê).

Alunos da E.E. Nestor Fogaça no Teatro  Sesi (Itapê).







Prédio da E.E. Maria F. Arrivabene.

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Alunos elaboraram sugestões para diminuir O AQUECIMENTO GLOBAL.

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Os alunos da E.E. Maria Elisa observaram o cotidiano e registraram algumas imagens.Confira!!

Os alunos da E.E. Maria Elisa observaram o cotidiano e registraram algumas imagens.Confira!!



























ATENÇÃO!!! ATENÇÃO!!!

Alunos interessados em concursos públicos acessar o link:http://www.vunesp.com.br/

Sugestões para diminuir o aquecimento global.

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Sugestões para diminuir o aquecimento global.

Sugestões para  diminuir o aquecimento global.

Alunos do 1ºB,E.E.Nestor Fogaça,elaboraram cinco sugestões de como diminuir o aquecimento global.

Alunos do 1ºB,E.E.Nestor Fogaça,elaboraram cinco sugestões de como diminuir o aquecimento global.

Alunos do 1ºC, E.E.Nestor Fogaça,elaboraram cinco sugestões de como diminuir o aquecimento global.

Alunos do 1ºC, E.E.Nestor Fogaça,elaboraram cinco sugestões de como diminuir o aquecimento global.
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E.E. NESTOR FOGAÇA

E.E. NESTOR FOGAÇA

E.E.NESTOR FOGAÇA

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E.E.NESTOR FOGAÇA

E.E.NESTOR FOGAÇA

ATENÇÃO ATENÇÃO ALUNOS DE SAMY CITY....DICAS DE LIVROS...

Para quem está a fim de viajar pelo maravilho mundo da leitura:
Marcelo Rubens Paiva, leiam Feliz Ano Velho,Blcaute.

Atenção Atenção Galera de Samy City....Teatro em Itapê...

Peça:As Olívias Palitam.... Dia 12e13/04 no Sesi. O espetáculo apresenta os mais inusitados esquetes cômicos ,utilizando um humor rápido e inteligente e abusado da improvisação .Não existem personagens definidos;as atrizes são todas denominadas Olívias e são sempre elas que estão na situação .O show conta com cenas como a de um grupo de amigas que estudam as regras do futebol e a de um workshop que ensina os homens a se comportarem no fatídico " dia seguinte".Há ,ainda paródias de hits da década de 80 que se tornaram uma marca do grupo ,como a música Longilíneas Demais .Entre os pontos altos do espetáculo ,estão os momentos de bate -papo entre as atrizes ,com temas sugeridos pela platéia ,no quadro que dá nome ao show: As Olívia Palitam

Entrevista...

Entrevista...
Minhas Alunas...

A Arte Vive!!

A Arte Vive!!
Meus alunos...

A Arte Vive!!!

A Arte Vive!!!
Meus alunos..

A Arte vive...

A Arte vive...
Meus Alunos

A Arte vive.....

A Arte vive.....
Meus Alunos

Meus alunos.....

Meus alunos.....
A Arte vive...